terça-feira, 25 de setembro de 2012

Graciosa Graca

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Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai. Mateus 10:8
A Graciosa Graça
Graça é um Deus justo e santo imputando gratuita e favoravelmente sua justiça e santidade a um pecador vil e rebelde
A graça é o conceito mais ofensivo ao mérito. A nobreza do valor não pode aceitar uma dádiva que não tenha correspondência. Tudo o que somos neste mundo é resultado de algum merecimento. Há um comércio muito forte no plano dos relacionamentos. Só vale quem tem algum valor. Há discriminação no pedaço. Os bonitos e sadios sempre levam vantagem sobre os feios e debilitados
A pedagogia que prevalece só qualifica os capazes. Os aprovados são aqueles que apresentam suas aptidões superiores. Esta filosofia é um retrato do espírito espartano. Naquela cidade antiga, costumava-se eliminar as crianças que nascessem lesadas. Não era razoável manter as deformidades numa sociedade guerreira, que precisava de soldados inteiros. Os aleijados deviam ser alijados
Este pensamento seletivo continua operando em quase todas as áreas das conexões humanas, por isso, lançamos fora todos aqueles que não são úteis. Descartamos os pesados e inconvenientes para facilitar nossa trajetória. Desembaraçar-nos dos inúteis é um jogo sábio no tráfico das influências. Não podemos perder tempo com trastes, no mercado das convivências lucrativas. As pessoas valem na medida das permutas proveitosas. O que você pode me acrescentar em termos positivos? É uma questão importante na escolha dos nossos amigos
Entretanto, a graça não tem goela de baleia. Este pensamento miúdo e estreito não faz parte dos limites da graça. Por definição, graça é a dádiva incondicional de Deus aos desconceituáveis. É Deus dando e fazendo tudo para o indigno. Graça é favor imerecido. É a plena suficiência de Deus, para a total incapacidade do homem. É a menção honrosa para os desqualificados. É o pódio dos falidos. É o brilhante de muitos quilates para um anel de metal barato. Graça é um Deus justo e santo imputando gratuita e favoravelmente sua justiça e santidade a um pecador vil e rebelde
Santo Agostinho dizia que a graça não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos para recebê-la. Na verdade, a graça encontra os homens na desgraça ou na anti-graça. O nosso mundo funciona na base de impertinentes cobranças e a religião é muito sem graça. O mundo exige e reclama do desempenho das pessoas e a religião envergonha o fracasso dos trôpegos. Neste contexto infeliz de imposições e vexames, surge uma mensagem sublime da graça plena, que assume a responsabilidade do castigo e transfere gratuitamente os benefícios da aceitação. Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. Tito 2:11 e 3:7. O ser humano não conquista a graça de Deus, pelo contrário, a graça de Deus invade a falência humana

O doente carece do médico porque está doente. Jesus disse que os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento. Lucas 5:31-32. Ninguém se arrepende para ser chamado, mas porque é chamado se arrepende. A vocação divina antecede a decisão humana. O morto precisa ser vivificado para poder se levantar. O pecador necessita ser regenerado para crer e arrepender-se. Jesus, como médico da alma, veio em busca do doente espiritual. Neste caso, não é o doente quem busca o médico, mas é o médico quem procura o doente. Isto é graça. A Bíblia mostra que, não há quem entenda, não há quem busque a Deus. Romanos 3:11. Foi Deus, em Cristo, quem buscou o homem no pecado. Jesus, como médico gracioso, veio salvar o pecador independentemente de qualquer iniciativa deste. A ação da graça de Deus precede qualquer reação do ser humano. Apesar de Deus nunca salvar um espectador, Ele não salva um executivo, isto é: alguém que realiza primeiro, para receber depois. A salvação de Deus não é uma permuta. No reino da graça não existe câmbio. Como disse Dr. Pink: Nenhum pecador jamais foi salvo por ter dado o coração a Jesus. Não somos salvos por termos dado, mas sim pelo que Deus deu
O homem é um ser que nasceu estragado e vive tentando se consertar com os seus próprios expedientes. Mas nada consegue restaurar o desmantelo. O sistema criado pelo homem é sempre dirigido pela não-graça, e isto gera muito esforço e provoca cansaço. O enfado da religião é insuportável, e sempre acaba produzindo muita hipocrisia. Mesmo sem conseguir a experiência autêntica, o religioso desempenha com denodo o seu papel de idiota consumado. Santidade exterior e corrupção interior é a mistura mais insustentável para a saúde da alma. Alguém disse que, não há nada pior do que ser por fora aquilo que não se é por dentro. O manto de púrpura pode encobrir as chagas mas não pode disfarçar o seu mau odor. A aparência muitas vezes recebe aplausos por algum tempo, mas logo vem a zombaria, em razão do descrédito. A falsificação é contravenção penal, e a hipocrisia, segundo Dante Alighieri, é uma atitude duvidosa, que nem o fogo infernal a quer consumir. Por isso, não vale a pena fingir quando a graça nos é facultada. Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens, para a justificação que dá vida. Romanos 5:18. Diante da aceitação plena da graça não há necessidade de reservas pessoais. Se Deus me aceitou em Cristo Jesus, com todos os meus pecados, traumas, defeitos e imperfeições, por que eu tenho de me fantasiar com a tanga da figueira? É a graça que assegura a nossa aceitação. Somos salvos pela graça e somos santificados pela graça. Dr. Lloyd-Jones foi exato: Tudo é pela graça na vida cristã, do início ao fim. O Deus de toda graça é o autor de toda a salvação e santificação do homem
A graça plena de nosso Senhor Jesus Cristo transforma lobos em cordeiros, pecadores em santos, monstros em anjos. Os transformados pela graça são convocados para o ministério da graciosa graça. A Igreja de Jesus Cristo é um organismo da graça, a serviço da graça. De graça recebestes, de graça dai. Se fomos aceitos pela graça, somos chamados a aceitar, pela graça, os que caíram. Não fomos chamados pela graça para vivermos no pecado ou na anti-graça. O mesmo Deus que perdoa, purifica. O mesmo Deus que salva, santifica. O mesmo Deus que nos aceita pela graça, nos faz graciosos para com os outros. Um cristão cheio de graça é aquele que olha para o mundo com o mesmo enfoque de graça com que ele foi alcançado. Onde abundou o pecado, superabundou a graça. Romanos 5:20b. Quem foi perdoado plenamente pela graça, sabe perdoar totalmente, pela mesma graça. Todos os que receberam da graça, sabem dar graciosamente. A romancista e humanista secular Marghanita Laski afirmou, em uma entrevista de TV: O que eu mais invejo em vocês, cristãos, é o seu perdão. Eu não tenho ninguém que me perdoe. Se fomos perdoados completamente por nosso Senhor Jesus Cristo, não temos outra alternativa. Alice Clay pontuou: Nada neste mundo vil e em ruínas ostenta a suave marca do Filho de Deus tanto quanto o perdão. Somente aqueles que, pela graça, receberam o perdão de Deus, podem perdoar com graça. Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. 1Pedro 1:13 com amor em Cristo, Marcello Luiz

terça-feira, 5 de junho de 2012

O que Deus quer de nós ?

Depois de um tempo ausente , estou voltando .




E continuo falando , e falando , Deus quer mais dos nossos corações , não de nossas atitudes "mentais" , se trata de algo feito de coração , algo feito por alma , não por atitude obrigatória .
A vida te da o livre arbítrio mais aquele que Deus chama só por acontece coisas ruins com permissão de Deus , é porque Deus permitiria alguém que ele chama Satánas afetar ? Simples porque como diz na bíblia a graça maior estar em confiança e fé todo o tempo no nosso soberano , Deus te prova a cada momento , ele quer fé , mais quer atitude de coração , não atitude obrigacionais e mentais , não adianta ir pra igreja , ser pastor , ser diácono , líder , não adianta esquece isso , isso é coisa de religião , a religião te faz a conhecer a bíblia , mais não a essência dela , a essência da bíblia esta muito além de conhece-la esta escrita no coração , em Hebreus 12 , fala pra nós irmos a igreja , claro que temos que ir , mais falo de ter a verdadeira comunhão , falo de ter o perdão , a compaixão, o amor ao próximo , orações , ler a bíblia, Deus quer corações puros que queiram servi-lo de todo o coração , Deus não quer corações que tenham soberba por terem cargos grandes na igreja , ou que acha que sabe tudo , Deus quer corações do quais reconheçam os seus pecados , afinal Deus é pai para nos ensinar, o pecado é inevitável , mais pode ser corrigido , mais não seremos sempre certos "perfeitinhos" , pois se não somos perfeitos pecamos e pecamos , inevitável não percarmos , não seremos certinhos , seremos humanos do quais buscamos a Deus , do qual veremos nossos próprios erros , e buscaremos mais a Deus para conseguirmos ser segundo o coração de Deus , Deus quer corações que busquem a ele de todo coração, sem medo , sem hipocrisia , tendo fé , força , e comunhão isso é fato .

Mais vem a questão como buscar ?

Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Jeremias 29:13

É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens.Salmos 118:8

Em provérbios Deus retrata algo muito interessante: Se o sábio der ouvidos, aumentará seu conhecimento, e quem tem discernimento obterá orientação
Provérbios 1:5

Ok , mas como realmente obter a sabedoria , através da boca do humano ? Infelizmente as vezes , mais a sabedoria como se diz na bíblia esta na palavra de Deus , ele se dispõe a ler e ler mais , mais como eu digo , precisa-se ler a bíblia e também prega-la para que você seja usado por Deus , e profetize sobre as nações , seja autêntico de coração .
Quando você tem o desejo de buscar mais e mais o senhor , a vontade vem de Deus , do espírito que esta em você , em Romanos 9 é falado que Deus amou Jacó e se aborreceu com Esaú antes mesmos de terem feito bem ou mal ainda estavam no ventre de sua mãe , é como levar esse termo ao teu coração sera que meu irmão é amado por Deus e eu não ? Ou sera que meu amigo é amado por Deus e eu não ? A diferença é que Jacó fez o que Deus mandava , Esaú muitas vezes confiou no próprio entendimento.

Eu não tenho o desejo real de servir ao senhor , eu não tenho dom , Deus não me ama , meu amigo se acalme , Jesus morreu na cruz para pagar nossos pecados é mostrar o quão amor continha em teu coração por nós , acha mesmo que ele vai escolher dessa forma assim todos ? Deus simplesmente conhecem o coração do homem é sabe do que ele é capaz .

Entraremos em um fato , porque tem corações transformados do quais são tão fieis a Deus e eu não ? Porque a transformação do coração é eterna e santa , é só vai depende de você , do que você quer com Deus , Deus transforma no tempo dele , no qual a vontade vem dele, basta você abrir os olhos e preparar o teu coração para ser puro , e louvar ao senhor de todo o vosso coração , Deus quer sinceridade , quer que você olhe para si e veja o quão fraco es , para agir em você , tem pessoas ao teu lado que poderão estar te atrapalhando em teus princípios que tem em mente , mais quando conscientizar e botar em teu coração , os ímpios logo cairão , vão zombar , sentir inveja , mais Deus é reto em teu caminho a partir do momento que você poem ele acima de todo o coração , aperfeiçoando tua fé , vão cair em próprias armadilhas e me vem a pergunta de um certo sujeito :
Quer dizer que minha vida sera perfeita ?
Não claro que não , mais tua vida vai viver de desafios , de provações , como todos os servos do senhor , sofrerão muito , porém sempre com fé , e gratidão a cristo , pois ele cumpre as promessas que tem para ti , não se iluda que as promessas que ele tem para você é são teus sonhos , deixa os sonhos de Deus agir em você , você não pode parar de lutar , a vida é guerra contra si mesmo , terás mais problemas as vezes , porém a felicidade no teu coração , pois aquele que vem para ferir o coração de um homem de Deus , caíra em tuas próprias armadilhas .

Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Filipenses 3:18-19.

Pois aquele que as vezes era teu melhor amigo humano ,ou teu parceiro "fiel" , sera a própria destruição de teu caminho , é assim diz Jesus , Aquele que me seguir de todo coração , terá a vida eterna . Porque quando é de coração não há nada que impeça , simplesmente ouça a voz de Deus em teu coração .

Tenha em mente que Deus sabe de tudo , é Deus é pai , ele repreende assim como nossos pais da terra , Deus repreende nós para aprendermos muitas vezes , ou por fúria de termos mostrado não sermos filhos leais a Deus , louve a Jesus a todo momento , enquanto estiver no seu carro , ônibus , lavando sua bicicleta , andando , estudando , conversando , quando sentires desejos , não se sintas sozinho , busque refúgio em Deus

É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens. Salmos 118:8

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quebra das maldições


QUEBRA DAS MALDIÇÕES
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espírito. Gálatas 3:13-14.
O homem, em virtude do pecado, é um ser sob maldição. Ele se tornou em consequência do pecado um prisioneiro das maldições. O pecado é rebeldia. "Se, porém, não ouvires a voz do Senhor teu Deus, se não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão." Deuteronômio 28:15. E a Bíblia apresenta uma lista grande de maldições que acompanham a vida dos rebeldes. Maldições da cidade e do campo; do ventre e do solo; das crias e dos frutos; da entrada e da saída, da peste e da enfermidade, do calor e da seca com crestamento; da ferrugem e das pragas; da opressão dos governos e da perda dos direitos; do endividamento e da pressão dos empréstimos; da guerras e da dominação. Estas e outras maldições fazem parte da vida do pecado.Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, nos resgatou da maldição da lei, mediante o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. O homem sendo um ser maldito pelo pecado, tinha de pagar o preço da maldição. Jesus se tornou homem, para poder assumir a nossa situação. Ele tomou nosso lugar, e também nos fez integrantes de sua morte e ressurreição, quando nos atraiu no seu corpo. Ele morreu na cruz por nós, e nos fez morrer juntamente com ele, para que a maldição da lei fosse tornada sem efeito. Nenhuma maldição tem domínio sobre um ser morto. Se pudermos considerar como fato real nossa morte juntamente com Cristo, então fica desconsiderado o domínio da maldição da lei. " Assim também vós consideraí-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes a suas concupiscências; pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça." Romanos 6:11,12 e 14.
O sacrifício de Jesus Cristo é completo. Não há retoques a fazer nesta obra perfeita de Deus. Nós somos salvos somente pela graça. A Igreja de Jerusalém, quando foi pressionada pelos judaizantes, a admitir as obras da lei, como coadjuvantes da salvação, respondeu categóricamente: "Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus, do mesmo modo que eles também." Atos 15:11. Deus não tem dois métodos de libertação. "Se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres." João 8:36."."Quando você se achar face a face com uma pessoa com um problema espiritual, lembre-se de Jesus Cristo na cruz. Se aquela pessoa puder chegar a Deus de qualquer outro modo, então a cruz de Jesus Cristo é desnecessária. Se você puder ajudar outros com a sua compaixão ou compreensão, você é apenas um traidor de Jesus Cristo." Deus não tem outro método de salvação. Jesus é o único método de Deus. E toda maldição da lei, e todas as maldições do Diabo foram aniquiladas através do sacrifício do Senhor e Salvador, o Soberano Jesus Cristo. "E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne

domingo, 29 de abril de 2012

O Perigo do Passado


Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:61-62.

O Perigo do Passado

A experiência tem história, mas não podemos viver voltados para o passado. Nenhuma pessoa lúcida nega a importância da experiência na história. Sem os fundamentos do passado não temos a competência para construir com sabedoria o futuro. Os alicerces do amanhã estão baseados no ontem. Precisamos do conhecimento antigo para elaborar o novo, pois as raízes da antiguidade servem para sustentar o desenvolvimento vindouro. O retrovisor é fundamental para o desempenho no tráfego. Muitos desastres são resultados da falta da visão anterior. Porém, a vida não pode andar para trás.
No caso em foco, Jesus censura uma pessoa que estava presa ao cordão emocional de sua linhagem. Ele queria seguir a Jesus, mas tinha um vínculo com a família que precisava de acertos. Na vereda da fé cristã há muitos que pensam deste modo. As tradições culturais e o peso da opinião doméstica exercem grande pressão na decisão pessoal. Muitos ficam amarrados ao julgamento do seu clã e sentem dificuldades para tomar posição. São pessoas carentes que temem perder o apoio emocional da família e buscam conciliar sua fé com a aprovação dos mais chegados.
Porém, esta abordagem ganha uma estimativa muito mais ampla, quando examinamos outros lados da questão. O olhar para trás pode representar toda tentativa de congelamento da experiência. Um grande risco que vemos na história da igreja é o fascínio com o passado. Temos uma tendência de perpetuar os métodos de uma época. Aquilo que foi de grande valor num momento histórico recebe dimensões permanentes e, com isto, a igreja se inclina para colecionar peças de museu.
Volto a insistir: não é possível caminhar com saúde relacional, sem memória. O passado tem importância fundamental no progresso de qualquer sistema, e há elementos no projeto da igreja que são imutáveis. Faltando no horizonte do tempo a dimensão do passado, fica muito difícil construir uma visão adequada do futuro. Contudo, não é normal permanecer com aquilo que ficou obsoleto. A lamparina ainda tem a sua noite de glória nos lugares onde não há energia elétrica, mas nenhum citadino defende a sua permanência no mundo de hoje. Andar de charrete pode ser pitoresco, mas é atraso no mundo automotivo.
Antes de qualquer coisa precisamos fazer uma distinção entre aquilo que é estável e as coisas que são transitórias. Sabemos que a Palavra de Deus é eterna e que os seus ensinamentos são duráveis. A ética da Bíblia não muda. As leis do decálogo continuam vivas sob o comando da graça. Ninguém pode considerar superados os princípios da moral bíblica, uma vez que estão alicerçados na base perene do caráter de Deus. Mas os costumes e os métodos históricos precisam ser avaliados em cada geração. Não devemos mumificar aquilo que é provisório. A permanência das coisas interinas representa um desperdício de tempo e um gasto tremendo de energia.
A mulher de Ló tornou-se uma estátua de sal ao virar-se para trás. A igreja nostálgica perde sua função de sal da terra, quando se agarra a uma metodologia retrógrada. A esterilidade de ambas se manifesta com a contemplação do passado em desuso. Fixar os olhos naquilo que pôde ser relevante noutra época, mas se tornou banal para este tempo, se constitui na maior improdutividade na vivência comunitária. As pessoas orientadas de forma dogmática para os conceitos atrasados, tentando soluções antiquadas para problemas novos, acabam se tornando desqualificadas para o seu momento histórico. Por isso, é importante a distinção entre os fatos eternos e as coisas efêmeras, a fim de não descartar o que é imutável e não perpetuar aquilo que é temporário.
O apóstolo Paulo foi um homem de vanguarda que sabia discernir entre os eventos importantes e necessários e aqueles que serviam momentaneamente para algum propósito. Os lances que foram admiráveis para ele numa época, deixaram de merecer sua apreciação, quando auferiu os melhores conceitos da graça de Deus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14. Paulo não ficou paralisado em sua experiência passada, uma vez que sua meta tinha proporções absolutas.
Não podemos perder de vista o alvo. A fé cristã tem mira. A falta de um objetivo supremo desencadeia o envolvimento com as coisas periféricas. Precisamos atirar na mosca. Quando a igreja desloca seu olhar do centro para os detalhes, acaba se perdendo nas práticas religiosas, sem qualquer significado eterno. A grande ameaça que assalta constantemente o programa da igreja é a concepção de atividades irrelevantes, que simplesmente mantém as pessoas entretidas. Tanto o passado decrépito como o presente alucinado por novidades, carece de análise.
A igreja necessita de uma avaliação contínua do seu programa de atividades sob os cuidados do modelo da cruz. Somente contemplando Cristo crucificado podemos focalizar o passado de modo acentuadamente significativo. Não é possível ser tolerante com as vulgaridades religiosas, quando vemos o panorama espiritual sob o prisma do Calvário. Também não é possível ver o futuro sem a perspectiva da ressurreição. A igreja de Cristo tem uma escatologia de esperança e conseqüentemente um culto com elementos de expressão eterna. Na igreja não há lugar para os métodos espetaculosos de passatempo religioso.
Os dois problemas mais sérios que temos com o passado são: primeiramente, a lembrança ardida de uma consciência culpada. Há uma multidão que sofre com a dificuldade em crer no perdão consumado. Como o predador que enterra a sua presa, comumente retornamos ao nosso passado para cavoucar a carniça escondida. A falta de uma visão clara do sacrifício de Cristo faz muita gente prisioneira de uma memória delituosa. Parece que nunca podemos viver isentos da culpa, e precisamos recordar em penitência a cena do crime.
Creio que a falta de revelação da obra plena de Cristo crucificado é responsável por este retorno mórbido ao passado delinqüente. Refém de incredulidade, o acusado inflexível regressa sempre ao seu passado para curtir sua expiação recorrente. Ele precisa se martirizar neste ciclo de autopunição, a fim de liberar um sentimento crônico de clemência. Vítima de uma teologia psicológica, onde a autocomiseração é mais acentuada do que a fé, o pobre réu do passado atura, sob pressão, uma mentalidade de desagravo constante. Diz uma tradição, que Pôncio Pilatos viveu os seus últimos anos exilado numa ilha, lavando as suas mãos. Nada pode ser mais terrível do que uma consciência encarcerada num passado de amarguras, em conseqüência de incriminações repetitivas.
Em segundo lugar, o perigo do passado fica por conta da reedição dos modelos arcaicos e irrelevantes que são eternizados nas tradições tolas. A falta de uma visão clara da dimensão escatológica e da evolução progressiva da igreja faz os saudosistas torcerem o pescoço para contemplar um passado que já expirou. Muita gente destituída da esperança da ressurreição, ainda pretende retornar ao velho modelo judaico, que ficou completamente ultrapassado. Vemos atualmente uma regressão acentuada no culto cristão, com a preocupação em restaurar as formalidades festivas do judaísmo e estabelecer uma liturgia atrelada às sombras que já foram superadas. Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Colossenses 2:16-17. Depois da realidade de Cristo crucificado e ressurreto temos que formular a nossa teologia com base na libertação deste passado refugado, e na certeza plena da esperança vindoura.
A igreja cristã precisa ter uma boa memória, recordando sempre os fundamentos essenciais de sua crença. A fé tem história, mas não se atém construindo um memorial daquilo que foi provisório. O padrão do evangelho é a novidade de vida numa estrutura sempre inovadora. Um legado da reforma protestante foi que a igreja reformada devia estar sempre se reformando à luz da esperança escatológica.
O cristianismo não tem lugar para o velhusco e bolorento sistema já deteriorado. O Senhor Jesus foi bem categórico em sua avaliação. Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres, e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos. Marcos 2:21-22. A mentalidade do evangelho é nova e a estrutura da igreja tem que ser sempre renovada. Repetir os velhos chavões ou cantar os cânticos da antiga comunidade judaica é olhar para trás. É bom lembrar que a fé cristã nasceu de uma sepultura aberta na madrugada do primeiro dia da semana. Ela é viva, alegre, original e cheia de esperança, olhando firmemente para o alvo, Cristo, seu autor e consumador.
Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus. Lucas 9:61-62.

O Perigo do Passado

A experiência tem história, mas não podemos viver voltados para o passado. Nenhuma pessoa lúcida nega a importância da experiência na história. Sem os fundamentos do passado não temos a competência para construir com sabedoria o futuro. Os alicerces do amanhã estão baseados no ontem. Precisamos do conhecimento antigo para elaborar o novo, pois as raízes da antiguidade servem para sustentar o desenvolvimento vindouro. O retrovisor é fundamental para o desempenho no tráfego. Muitos desastres são resultados da falta da visão anterior. Porém, a vida não pode andar para trás.
No caso em foco, Jesus censura uma pessoa que estava presa ao cordão emocional de sua linhagem. Ele queria seguir a Jesus, mas tinha um vínculo com a família que precisava de acertos. Na vereda da fé cristã há muitos que pensam deste modo. As tradições culturais e o peso da opinião doméstica exercem grande pressão na decisão pessoal. Muitos ficam amarrados ao julgamento do seu clã e sentem dificuldades para tomar posição. São pessoas carentes que temem perder o apoio emocional da família e buscam conciliar sua fé com a aprovação dos mais chegados.
Porém, esta abordagem ganha uma estimativa muito mais ampla, quando examinamos outros lados da questão. O olhar para trás pode representar toda tentativa de congelamento da experiência. Um grande risco que vemos na história da igreja é o fascínio com o passado. Temos uma tendência de perpetuar os métodos de uma época. Aquilo que foi de grande valor num momento histórico recebe dimensões permanentes e, com isto, a igreja se inclina para colecionar peças de museu.
Volto a insistir: não é possível caminhar com saúde relacional, sem memória. O passado tem importância fundamental no progresso de qualquer sistema, e há elementos no projeto da igreja que são imutáveis. Faltando no horizonte do tempo a dimensão do passado, fica muito difícil construir uma visão adequada do futuro. Contudo, não é normal permanecer com aquilo que ficou obsoleto. A lamparina ainda tem a sua noite de glória nos lugares onde não há energia elétrica, mas nenhum citadino defende a sua permanência no mundo de hoje. Andar de charrete pode ser pitoresco, mas é atraso no mundo automotivo.
Antes de qualquer coisa precisamos fazer uma distinção entre aquilo que é estável e as coisas que são transitórias. Sabemos que a Palavra de Deus é eterna e que os seus ensinamentos são duráveis. A ética da Bíblia não muda. As leis do decálogo continuam vivas sob o comando da graça. Ninguém pode considerar superados os princípios da moral bíblica, uma vez que estão alicerçados na base perene do caráter de Deus. Mas os costumes e os métodos históricos precisam ser avaliados em cada geração. Não devemos mumificar aquilo que é provisório. A permanência das coisas interinas representa um desperdício de tempo e um gasto tremendo de energia.
A mulher de Ló tornou-se uma estátua de sal ao virar-se para trás. A igreja nostálgica perde sua função de sal da terra, quando se agarra a uma metodologia retrógrada. A esterilidade de ambas se manifesta com a contemplação do passado em desuso. Fixar os olhos naquilo que pôde ser relevante noutra época, mas se tornou banal para este tempo, se constitui na maior improdutividade na vivência comunitária. As pessoas orientadas de forma dogmática para os conceitos atrasados, tentando soluções antiquadas para problemas novos, acabam se tornando desqualificadas para o seu momento histórico. Por isso, é importante a distinção entre os fatos eternos e as coisas efêmeras, a fim de não descartar o que é imutável e não perpetuar aquilo que é temporário.
O apóstolo Paulo foi um homem de vanguarda que sabia discernir entre os eventos importantes e necessários e aqueles que serviam momentaneamente para algum propósito. Os lances que foram admiráveis para ele numa época, deixaram de merecer sua apreciação, quando auferiu os melhores conceitos da graça de Deus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14. Paulo não ficou paralisado em sua experiência passada, uma vez que sua meta tinha proporções absolutas.
Não podemos perder de vista o alvo. A fé cristã tem mira. A falta de um objetivo supremo desencadeia o envolvimento com as coisas periféricas. Precisamos atirar na mosca. Quando a igreja desloca seu olhar do centro para os detalhes, acaba se perdendo nas práticas religiosas, sem qualquer significado eterno. A grande ameaça que assalta constantemente o programa da igreja é a concepção de atividades irrelevantes, que simplesmente mantém as pessoas entretidas. Tanto o passado decrépito como o presente alucinado por novidades, carece de análise.
A igreja necessita de uma avaliação contínua do seu programa de atividades sob os cuidados do modelo da cruz. Somente contemplando Cristo crucificado podemos focalizar o passado de modo acentuadamente significativo. Não é possível ser tolerante com as vulgaridades religiosas, quando vemos o panorama espiritual sob o prisma do Calvário. Também não é possível ver o futuro sem a perspectiva da ressurreição. A igreja de Cristo tem uma escatologia de esperança e conseqüentemente um culto com elementos de expressão eterna. Na igreja não há lugar para os métodos espetaculosos de passatempo religioso.
Os dois problemas mais sérios que temos com o passado são: primeiramente, a lembrança ardida de uma consciência culpada. Há uma multidão que sofre com a dificuldade em crer no perdão consumado. Como o predador que enterra a sua presa, comumente retornamos ao nosso passado para cavoucar a carniça escondida. A falta de uma visão clara do sacrifício de Cristo faz muita gente prisioneira de uma memória delituosa. Parece que nunca podemos viver isentos da culpa, e precisamos recordar em penitência a cena do crime.
Creio que a falta de revelação da obra plena de Cristo crucificado é responsável por este retorno mórbido ao passado delinqüente. Refém de incredulidade, o acusado inflexível regressa sempre ao seu passado para curtir sua expiação recorrente. Ele precisa se martirizar neste ciclo de autopunição, a fim de liberar um sentimento crônico de clemência. Vítima de uma teologia psicológica, onde a autocomiseração é mais acentuada do que a fé, o pobre réu do passado atura, sob pressão, uma mentalidade de desagravo constante. Diz uma tradição, que Pôncio Pilatos viveu os seus últimos anos exilado numa ilha, lavando as suas mãos. Nada pode ser mais terrível do que uma consciência encarcerada num passado de amarguras, em conseqüência de incriminações repetitivas.
Em segundo lugar, o perigo do passado fica por conta da reedição dos modelos arcaicos e irrelevantes que são eternizados nas tradições tolas. A falta de uma visão clara da dimensão escatológica e da evolução progressiva da igreja faz os saudosistas torcerem o pescoço para contemplar um passado que já expirou. Muita gente destituída da esperança da ressurreição, ainda pretende retornar ao velho modelo judaico, que ficou completamente ultrapassado. Vemos atualmente uma regressão acentuada no culto cristão, com a preocupação em restaurar as formalidades festivas do judaísmo e estabelecer uma liturgia atrelada às sombras que já foram superadas. Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo. Colossenses 2:16-17. Depois da realidade de Cristo crucificado e ressurreto temos que formular a nossa teologia com base na libertação deste passado refugado, e na certeza plena da esperança vindoura.
A igreja cristã precisa ter uma boa memória, recordando sempre os fundamentos essenciais de sua crença. A fé tem história, mas não se atém construindo um memorial daquilo que foi provisório. O padrão do evangelho é a novidade de vida numa estrutura sempre inovadora. Um legado da reforma protestante foi que a igreja reformada devia estar sempre se reformando à luz da esperança escatológica.
O cristianismo não tem lugar para o velhusco e bolorento sistema já deteriorado. O Senhor Jesus foi bem categórico em sua avaliação. Ninguém costura remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo novo tira parte da veste velha, e fica maior a rotura. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres, e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos. Marcos 2:21-22. A mentalidade do evangelho é nova e a estrutura da igreja tem que ser sempre renovada. Repetir os velhos chavões ou cantar os cânticos da antiga comunidade judaica é olhar para trás. É bom lembrar que a fé cristã nasceu de uma sepultura aberta na madrugada do primeiro dia da semana. Ela é viva, alegre, original e cheia de esperança, olhando firmemente para o alvo, Cristo, seu autor e consumador.


domingo, 15 de abril de 2012

A sutileza cruel


Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Filipenses 3:18-19.

A Sutileza Cruel


A maior esperteza do inferno está na camuflagem. Não há estratégia mais eficiente para os caçadores do que o disfarce. O mimetismo faz parte da maquiavelice diabólica de caçar as almas. Os piores adversários não são aqueles que nos enfrentam frontalmente, mas aqueles que, dissimulados em santos, fingem gozar de uma experiência espiritual autêntica. O artifício da fé mascarada é muito mais sério do que a licença permissiva de uma vida aberrante. É preferível um pecador dissoluto do que um santo pintado. William Secker disse que, uma prostituta maquilada é menos perigosa do que um hipócrita disfarçado. No reino de Deus não há lugar para apócrifos, ou seja, pessoas que parecem que são de Deus, mas na verdade, são pessoas comprometidas com o inferno e com eles mesmos.

Uma pessoa hipócrita, ou seja, aquela que diz que é mas não vive o que prega, é muito pior do que aquela pessoa devassa, pecadora assumida mesmo, e o disfarce encapuzado mais ardiloso do que a nudez destampada. Os inimigos da cruz mais vorazes são aqueles que melhor simulam espiritualidade elevada. É muito difícil perceber a esperteza de uma vida inautêntica, pois as profundezas do maligno investem toda a sua sabedoria na sofisticação da maquiagem. Os produtos mais vendidos do inferno são os cosméticos da impostura que visam encobrir as feridas purulentas com uma santidade disfarçada. Confundir rebeldia com beatice é matéria de especialização das galerias subterrâneas da universidade cavernosa das profundezas infernais. Mas há um provérbio alemão que ensina: Quando a raposa prega, observe os gansos. Por isso é muito importante verificar as características bíblicas dos inimigos da cruz de Cristo, para não sermos apanhados pelas sutilezas cruéis do formalismo enganoso. Muitos dizem: Eles pregam a Bíblia! Eles falam de Jesus! Eles anunciam a cruz! Lá eles pregam o novo nascimento! Para mim não importa, se prega a Bíblia, está bom. É aqui que mora o perigo.

A primeira observação do apóstolo Paulo com respeito aos inimigos da cruz de Cristo é que eles andam entre nós. Os adversários do Evangelho da graça de Cristo estão infiltrados no seio da Igreja. Eles não se encontram propriamente no mundo, mas pasmem vocês, eles se encontram é no meio da Igreja, como líderes ou membros. O vírus precisa se instalar no organismo para provocar a infecção. A astúcia do combate eficaz começa na infiltração mascarada e na implantação da arma mais eficiente para destruir uma comunidade, que é a subversão. Disfarçado em irmão, a hostilidade contra a mensagem da cruz vai sorrateiramente minando os fundamentos do cristianismo. O método da corrupção começa com a ênfase fundamental da fé sendo substituída por um acessório qualquer. Ninguém é propriamente contra a mensagem da cruz, simplesmente ameniza-se o seu enfoque. O transtorno começa pelo esvaziamento da pregação, através da mensagem sofisticada com a filosofia das palavras.

Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o Evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo.” 1 Coríntios 1:17.

Com linguagem persuasiva de sabedoria humana, vai-se tecendo um esquema de empobrecimento da mensagem e agregando-se a ela outros assuntos que assumam a atenção dos ingênuos. Uma das marcas dos falsos profetas é pregar com sutileza apenas o que o povo quer ouvir. Prefiro ser plenamente compreendido por dez a ser admirado por dez mil, martelava Jonathan Edwards.
Uma segunda questão que podemos destacar, da abordagem do apóstolo, é que estes inimigos são muitos. Não se deve subestimar a contabilidade. Para Paulo, são muitos os opositores da cruz de Cristo. Não se trata de um grupinho inexpressivo de gentinha desqualificada. Havia um grande grupo de gente capaz, especialista em induzir, solapando a mensagem do Evangelho, esvaziando o enfoque da cruz e procurando implantar um sistema para valorizar a auto-estima. Por este motivo, suas constantes advertências contra a ameaça penetrante e o risco apurado de diluição do discurso do Evangelho, ao ponto de suas lágrimas serem convocadas como testemunho de sua apreensão. Mas por outro lado, este número expressivo de rivais vem corroborar com a importância fundamental da mensagem. Agora, se a proclamação da cruz fosse um assunto de fraca importância e de pouca consideração, não teríamos tantos inimigos da Cruz do Senhor Jesus!! O fato de ter muita gente contrária à pregação dos efeitos da cruz em nossas vidas é sintoma do mérito e valor essencial desta mensagem.
Por estes motivos, é necessário distinguir os antagonistas da cruz com as características apontadas pelo apóstolo. É preciso ver, com a clareza das Escrituras, que muitos que podem até estar pregando a cruz, fazem parte do levantamento contra a cruz. Vamos analisar Filipenses 3:19 na forma invertida de sua construção. Visto que só se preocupam com as coisas terrenas, a glória deles está na infâmia, o deus deles é o ventre e o destino deles é a perdição. A ênfase dos adversários da cruz está nas coisas terrenas. Todas as pessoas que participam na igreja e que valorizam mais as coisas terrenas do que as celestiais estão englobadas na rebelião oposta à cruz. Muitos dos que pregam sobre a cruz vivem preocupados com as coisas deste mundo e prisioneiros de uma mentalidade mundana. Quando estimamos mais os bens e prazeres do que a santidade, o êxito e a prosperidade mais que a glória de Deus, estamos envolvidos numa sedição contrária à mensagem da cruz. Os maiores adversários do cristianismo não são os que o combatem de frente, mas são os falsos cristãos que fingem a mensagem, que a vida desmente. O estado celestial é organizado de forma a expressar visivelmente o que Deus pensa da cruz de Cristo, ensina J. A. Motyer. Somente aqueles que foram crucificados e ressuscitados juntamente com Cristo podem ser desarraigados do domínio das coisas rasteiras, para investir o pensamento nas coisas elevadas.

Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.” Colossenses 3:1-3.

A operação da cruz provoca uma revolução no pensamento e na maneira de encarar os valores da existência.

Entretanto, se o urubu aprecia carniça é uma questão de instinto e apetite, do mesmo modo, os adversários da cruz preferem salientar a sua glória naquilo que é infamante. Sabemos que uma pessoa nunca passou pelos efeitos da cruz quando ela se delicia com tudo aquilo que é desonroso. Quando a escolha preferencial da vida recai sobre os temas maculados pelo sujo da indignidade, constatamos que a glória desta pessoa é fruto de um coração torpe. O cardápio natural dos porcos é lavagem de chiqueiro. Isto leva consequentemente ao centro de sua adoração: as vísceras. Um indivíduo governado pelo suco gástrico tem uma ética muito ácida. O vômito do mau humor freqüentemente revela o azedume de um homem sem cruz. E o seu deus oco do estômago precisa sempre de miolo mole para abarrotar. É por isso que a propina, a bajulação e o servilismo fazem parte do esquema da religião sem cruz. A teologia dos inimigos da cruz é tão vazia e frívola como o seu deus sem um prato de comida para satisfazer seu instinto momentâneo. Os viscerotônicos inescrupulosos não hesitam em fazer qualquer coisa que lhes proporcione algum resultado favorável. Desde que haja lucro ou vantagem, há uma disposição para negociar sob qualquer custo. Isto leva os que só se preocupam com as coisas terrenas ao terceiro degrau de sua falência total: o destino deles é a perdição. Não era de se esperar outra coisa. Se Deus não existe, tudo é permitido... reflete assim a vida do inimigo da Cruz. Uma pessoa regulada pelas aspirações da infâmia, administrada pelo deus minúsculo dos apetites carnais não tem outra alternativa senão a confusão insegura de uma vida perdida. Só um homem perdido pode ter uma vida assim, tão inconseqüente.

Se você quer fugir de Deus, o diabo lhe emprestará tanto as esporas como o cavalo, afirmava Thomas Adams. E o sábio pregador metodista E. M. Bounds insistia: Seria uma imitação burlesca da esperteza do diabo e uma calúnia contra seu caráter e reputação, se ele não empregasse suas maiores influências para adulterar o pregador e a pregação. Cuidado com toda pregação que minimiza o enfoque da cruz de Cristo e que desconsidera a nossa co-crucificação juntamente com Cristo. Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo. Gálatas 6:14.
Com amor em Cristo, Marcello Luiz.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A libertação por Jesus


“Ela dara à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles” Mt 1:21


O nome JESUS só aparece na Bíblia pela primeira transliterado nos evangelhos!! Era costumeiro entre o povo de Israel, colocar um nome que significasse a missão, ou o propósito do nascimento daquela pessoa. Por exemplo, o nome Elias significa “meu Deus é o Senhor”, o nome Isaías, significa “Salvação do Senhor”, Joacaz “O Senhor capturou”, Joás – “O Senhor é forte”, e assim, o nome de Jesus tem também o seu significado. Quando o Anjo falou a José que Maria conceberia do Espírito Santo e daria a Luz a um menino, ele Disse o nome desse menino (JESUS), e disse o que significava o seu nome através da explicação da sua missão: “E Ele salvará o seu povo dos pecados deles.”.

Você percebeu que o nome de Jesus explica justamente sua missão?!! Por isso que Ele é Jesus Cristo... o Cristo de Deus, que desde Gênesis é anunciado; aquele que viria com o seu sangue comprar para sí um povo zeloso de boas obras.

Aquele que conhece a Jesus conhece também a sua missão: Salvar o homem do pecado. Você percebeu na expressão “salvar”?!! Ela expressa um estado, não um acontecimento... Jesus veio salvar o homem da escravidão do pecado. Pecado não é uma situação moral errada em que alguém se envolve... não... isso é conseguência do pecado, não causa... Jesus não veio tratar a consequência, e sim a causa!!

“Ouvistes o que foi dito: Não adulterarás. Eu porém vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com a intenção impura, no coração já adulterou com ela” Mt 5:27-28.

O problema do homem é um problema do coração, não de conduta externa. O propósito de Deus na vinda de seu filho, é trocar essa natureza doente que todo o homem tem, trocando-lhe o coração de pedra, por um coração pendente a obedecer ao Senhor, não com atos externos apenas, mas com humildade e necessidade de coração.

Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” Ezequiel 36:26-27

Quero que você preste algumas expressões: “... porei dentro de vós espírito novo”, ou seja, uma nova mentalidade, uma nova maneira de enxergar as coisas, uma disposição de ver as coisas de Deus de maneira diferente! “Porei dentro de vós o meu Espírito...”, ou seja, o Espírito Santo de Deus, para que como Deus, amemos viver uma vida isenta de pecado. Mas o mais importante de tudo, é que é ELE que faz tudo isso... não é nós que buscamos, não somos nós que fazemos, mas Ele em nós, faz tudo o que preciso for!

Mas vemos hoje em dia, pessoas buscando sua justificação através de suas obras próprias, vivendo uma vida legalista, querendo agradar a Deus pela obediência da Lei moral e cerimonial. Através da obediência externa, busca agradar a Deus. Não cabe em sua mente que a Lei não foi escrita para que o homem a cumpra, e sim para mostrar a esse mesmo homem, sua incapacidade em obedecê-la. A Lei foi dada para desmascarar a natureza iníqua do homem, e apontar para a superabundância da Graça que está em Cristo Jesus. Em Romanos 3:20; 5:20; 10:4, lemos o seguinte:

Visto que ninguém será justificado diante Dele por obras da Lei, em razão de que pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado. Sobreveio a Lei para que avultasse a ofensa: mas onde abundou o pecado, superabundou a graça. Porquê o fim da lei é Cristo, para a Justiça de todo aquele que crê”

Agora, se a Lei de Deus é impraticável, o Evangelho é impossível de ser cumprido por alguém que ainda não nasceu de novo... Ele (o evangelho), torna-se um peso, pois o homem natural é inclinado para o erro. Pecado, não são os atos externos, mas uma atitude de alguém que se acha independente de Deus, em conseguência, igual a Ele, a ponto de dizer que fará de sua vida o que quiser, e ponto final... é claro que isso não é dito em palavras, mas, mais forte ainda, fica claro através das ações.

O novo nascimento não é uma opção para o homem, mas uma necessidade essencial e indispensável para a sua Salvação. É um absurdo pensarmos que o Deus pessoal e soberano pode ser agradado por meio de um comportamento externo do ser humano. O homem como já dito acima, tem uma inclinação natural para o erro. O profeta Isaías, enxergou isso claramente:

“O Boi conhece o seu possuidor, e o jumento o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende. Porque havéis ainda de ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente e todo o coração enfermo. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.” Isaías 1:3, 5,6

O Novo Nascimento não tem como finalidade nos trazer uma capacitação especial de cumprir a Lei de Deus. Ele também não é um novo código de ética moral ou obrigações comportamentais para executarmos. Não somos aceitos por Deus por estarmos debaixo de obrigações externas morais e éticas a serem cumpridas... a religião é assim, os fariseus eram assim... (Jesus os chamou de sepulcro caiado.... lindos por fora, mas podres por dentro); Somos aceitos por Deus por causa da Sua Graça, e Graça Plena. O Novo Nascimento é uma substituição de vida.

Quando Jesus foi levantado, na Cruz, nós fomos atraídos a Ele:

E eu quando for levantado, atrairei muitos a mim mesmo” – João 12:32

Já na Cruz, morremos juntamente com Cristo:

Sabendo isso, que foi crucificado com Ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos. Porquanto, quem morreu justificado está do pecado” – Romanos 6:6-7
E quando Cristo ressuscitou, ressuscitamos juntamente com Ele para viver em novidade de vida.

... e estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela Graça sois salvos, e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;” Efésios 2:5,6

O Evangelho da Graça não pode ser praticado. O evangelho da Graça só é possível se o próprio Cristo viver em nós. O próprio Senhor Jesus afirma isso em João 15:5:

Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porquê sem mim nada podeis fazer”

Fomos chamados por Deus para uma vida plena na Graça de Deus, através de uma profunda comunhão com a pessoa do Senhor Jesus:

Fiel é Deus pelo qual fostes chamados à comunhão de seu filho Jesus Cristo nosso Senhor” – I Co 1:9

Não fomos chamados para o serviço, para a pregação, para a evangelização, ou para qualquer outra coisa que você possa pensar... fomos chamados a plena comunhão de Seu filho Jesus Cristo, e através dessa comunhão, as outras coisas afluirão normalmente na vida do nascido de novo, do Regenerado por Jesus.

Infelizmente, assim como os fariseus da época de Jesus, estavam ignorantes a respeito do propósito das Escrituras, em nossos dias podemos estar cometendo o mesmo erro. Podemos estar fazendo da Bíblia apenas um livro de consulta de ensinos éticos e morais.

Muitas vezes examinamos as escrituras e nos apegamos aferradamente aos ensinos secundários, porém permanecemos cegos ao ensino e ao propósito central da Bíblia: Revelar a Graça Salvadora de Jesus e sua capacitação para viver uma vida plena. Precisamos da Graça reveladora para enxergarmos muito além da Letra. Se minha maior preocupação for de cumprir os mandamentos, andar na lei e Ter um bom comportamento diante dos homens, ser ético e moral, o meu cristianismo não difere muito da religião dos fariseus legalistas da época de Jesus; e nunca me esqueço de como Jesus os chamou e tratou: raça de víboras, sepulcros caiados, hipócritas , etc... isso me impressiona muito. Se vivo assim, na verdade sou escravo, e o Filho de nada me libertou e ainda o pecado vive em mim...

Se na verdade, alguém vive no pecado, ainda não teve uma experiência do novo nascimento através da Graça de Jesus... porque o seu nome é Jesus, e Ele veio libertar o seu povo dos seus pecados. Amém.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

No Fundo do Poço


Então, dali, buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz. Deuteronômio 4:29-30.

No Fundo do Poço

A opulência dá um certo sentimento de auto-suficiência. O homem que se basta, fica insuportável. É difícil estar em posição elevada e não ter estima elevada por si mesmo. Uma pessoa satisfeita em todas os sentimentos e realizada em suas iniciativas torna-se intolerável no seu relacionamento. Dentre todos os tolos, o presunçoso é o pior. Uma boa opinião acerca de si mesmo é a ruína de toda virtude.
Ninguém pode fazer nada por aquele que se satisfaz. O egoísmo não é apenas pecado, mas encontra-se na raiz de todo pecado. Os egocêntricos são os que destroem a si mesmos. Uma pessoa cheia de si, supondo que tudo pode, é a expressão mais radical da obra satânica.
Por isso, Deus mostrou bem claro ao povo israelita que a sua fartura e esplendor iria levá-lo a uma posição de grandeza intragável. Mas, em virtude de sua misericórdia, o Senhor iria permitir a escravidão do povo, para deste modo humilhá-lo e fazê-lo voltar-se ao Senhor. O desespero do homem é o princípio de uma esperança em Deus. Quando se chega lá no fundo do poço é que se tem a possibilidade de olhar para cima. Todos os tronos de Deus são alcançados descendo-se as escadas. Antes de José assumir o governo do Egito, ele aprendeu a reinar na cela subterrânea da prisão, aceitando a soberania de Deus em sua vida. Só pode buscar ao Senhor aquele que não se basta.
Mas, quando na sua angústia se convertia ao Senhor, Deus de Israel, e o buscava, o achava. 2 Crônicas 15:4. O melhor e mais eficiente tratamento para o orgulhoso é a humilhação. Quando alguém não se humilha diante de Deus é preciso ser humilhado, a fim de quebrantar este coração resistente e poder receber os benefícios da salvação. A Bíblia mostra que Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes. Tiago 4:6b. Então, a misericórdia divina humilha os arrogantes, para que estes humilhados, busquem com todo o coração, a humildade de coração e sejam em Cristo, abençoados por Deus.
Só o homem verdadeiramente vencido e quebrantado pelo poder de Deus tem a real condição de humildemente buscar o governo de Deus em sua vida. Ninguém consegue aceitar a soberania absoluta de Deus em sua vida, se antes não chegar nos limites totais de sua insignificância. Buscar o Reino de Deus em nossa vida como a prioridade principal é a mais eloqüente prova de nossa rendição completa. Só há lugar de importância suprema para Deus quando reconhecermos a nossa reles condição de pecadores indignos e desgraçados.
E é neste contexto que as tribulações exercem um papel de grande valor. Quando o tapete nos é tirado e os meios humanos ficam fragilizados, nós somos levados a perceber nossa finitude e falência, e assim, acabamos caindo na realidade. A aflição, por si mesma, não santifica; ela cansa e angustia, deprime e seduz. Porém, a presença de Deus e o uso que ele faz dela, à medida que a relaciona com nossa vida como um todo... é que torna a adversidade salutar. Quando a tribulação realiza seu papel de nos destituir da grande prepotência, e clamamos pela graça de Deus, então sua missão foi cumprida.
As aflições nos impelem a Deus, assim como as doenças nos levam ao médico. Tenho aprendido mais com as provações da vida do que com as suas vitórias. Se não fossem os ventos fortes, o tronco das árvores seriam moles. Se não fossem as duras provas, o caráter dos santos seria podre. As tribulações são, na maior parte das vezes, ferramentas com as quais Deus nos molda para coisas melhores.
Muitos que corriam bem na vida cristã foram atrapalhados pelo sucesso material e o progresso social. Na abundância, eles encheram a agenda de compromissos e se esqueceram de Deus. O homem é aquele que mais se ilude consigo próprio. O êxito nos negócios faz-nos pensar na independência pessoal. Ter controle nos empreendimentos não significa ser Senhor da vida. É duas vezes tolo aquele que é sábio a seus próprios olhos, está enredado no mais terrível engano, pois supõe viver a vida por sua sabedoria, sem a direção absoluta de Deus. Por isso, algumas vezes Deus leva seu povo a um deserto, para poder falar-lhe com tranqüilidade.
As estrelas brilham mais intensamente nas noites mais escuras. De igual modo, brilha a graça de Deus nos corações acoitados pelo escuro das aflições. Só dá valor a uma vela ou a uma pequena luz que seja, aquele que se acha privado da menor luminosidade. Algumas vezes, Deus deixa seus filhos caminharem sozinhos no escuro, para que possam perceber a importância de sua presença. Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu Servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus. Isaías 50:10. Quando nos encontrarmos tirados do comando da vida, sentiremos a maior alegria se Deus a conduzir.
O pecado fez do homem um ser muito arrogante, e deste modo, ele só busca a Deus, de verdade, quando não tem mais nenhuma alternativa a recorrer. Alguém definiu pecado, como a atitude soberba de viver a vida em total independência de Deus. O pecado não é tanto um ato errado como uma atitude arrogante e insubmissa. Muitas vezes fazendo coisas certas nós estamos vivendo em pecado, pois o que fazemos independe da vontade de Deus e é feito com as nossas forças e sob o nosso inteiro patrocínio.
Quando Deus permite que os cristãos passem pelos caminhos mais difíceis é porque tem propósitos superiores para os abençoar. A adversidade é o pó de diamante com o qual o céu dá polimento às suas jóias. Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. Hebreus 12:6.
No podium de Deus não sobem os que tem medalhas ou certificados, mas aqueles que tem cicatrizes determinadas pelo tratamento da graça. É na dureza da provação que vemos as almas que anseiam pelo Senhor. Enquanto uns se amarguram quando passam pela fornalha da aflição, os filhos de Deus compreendem com alegria o privilégio deste ajustamento. Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo quando passardes por várias provações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tiago 1:2-3. Nenhum homem deve pensar que é melhor porque está livre de dificuldades. Deus não o considera apto para suportar algo maior. Se você se julga melhor por não passar por grandes provações, cuidado, esta pode ser uma trágica realidade. Quando as almas são provadas e amadurecidas, mesmo que seja de maneira mais comum e simples, Deus está esculpindo as colunas do seu templo.

domingo, 8 de abril de 2012

O Escândalo da Cruz


O ESCÂNDALO DA CRUZ
" Logo, está desfeito o escândalo da cruz." Gl 5:11
O escândalo da cruz nunca cessou e jamais poderá cessar. Paulo está declarando aqui que seria loucura supor tal idéia. A mensagem de nosso Senhor Jesus Cristo é cheia de Graça, Amor e Misericórdia. Entretanto, temos visto no decorrer da história que ela tem sido rejeitada, atacada e diminuída por aqueles que a Bíblia intitula como "os inimigos da cruz de Cristo". O apóstolo Paulo fala a respeito deles e do seu fim no livro de Fl. 3:18-19: "Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as cousas terrenas."
A mensagem da cruz ofende a mente não regenerada. Ela é uma violenta agressão para os orgulhosos e aqueles que são cheios de sua própria justiça. Ela é implacável para com o pecador. Continuam vivas as palavras de A.W. Tozer quando tratou a respeito da mensagem da "velha cruz" Ele diz: "A velha cruz é um símbolo de morte. Ela representa o fim repentino e violento de um ser humano. O homem, na época romana, que tomou a sua cruz e seguiu pela estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais voltaria. Estava indo para o seu fim. A cruz não fazia acordos, não modificava nem poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não tentava manter bons termos com a sua vítima. Golpeava-a cruelmente e duramente e quando terminava seu trabalho o homem já não existia." O valor e a exigência da cruz continuam os mesmos. Seríamos traidores desta mensagem se diminuíssemos o escândalo que ela provoca. A cruz não é um remédio que traz exaltação ao homem, mas humilhação. Não é um remédio que traz auto-afirmação, mas ruína. A cruz destrói toda a possibilidade do homem querer salvar-se a si próprio.
Deus reservou um único caminho para que o homem pudesse ser salvo. Em I Co 1:18 está escrito: "Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus." A mensagem da cruz é confrontadora, e põe abaixo toda a altivez e sabedoria humanas. A mensagem da cruz é a única que pode verdadeiramente livrar o homem da escravidão do seu pecado. Charles Spurgeon disse: "A moralidade pode manter o homem afastado da cadeia, mas somente a "cruz" e o precioso sangue de Cristo pode livrá-lo do inferno

Somente a mensagem da cruz pode gerar esperança no coração do perdido. Só ela pode trazer alegria às almas que vivem na escuridão. A cruz, por ser uma mensagem simples, escandaliza a orgulhosa sabedoria humana.
Esta verdade não pode ser vista apenas como o centro da teologia cristã , mas sim como a única mensagem que o mundo precisa ouvir. Alexander Mac Laren disse com muita propriedade: "A cruz é o centro da história do mundo; a encarnação de Cristo e crucificação do nosso Senhor constituem o fulcro em torno do qual giram os eventos dos séculos." A cruz não pode ser vista apenas como "uma" mensagem, mas sim como "a" mensagem que a humanidade precisa ouvir. Paulo sabia deste fato e escreveu em I Co 2:2: "Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado."
Porém, para muitos, esta mensagem da cruz tornou-se antiquada e antipática. Ela tem afastado muitos por causa de sua rudeza e inflexibilidade. Há daqueles que preferem uma cruz mais "soft". Uma mensagem que não interfira em suas vidas particulares. Uma cruz que não toque em suas paixões lascivas, em seus negócios escusos e nos seus pecados secretos. Infelizmente há este tipo de mensagem. Ela vem diretamente do profundo abismo, e tem como avalisador o próprio diabo. A nova cruz não se opõe à raça humana; pelo contrário, é sua amiga íntima e, se compreendemos bem, consideramos uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer interferência. Sua motivação na vida não se modifica; ela continua vivendo para seu próprio prazer. .... Não exige renúncia da velha vida antes que a nova possa ser recebida. ..... A nova cruz não faz exigências desagradáveis. A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. ..... A mensagem de Cristo é manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la aceitável ao público. Infelizmente, este tipo de pregação também é uma realidade em nossos dias, e uma grande multidão de incautos vive de mãos dadas com este "sopro" vindo do inferno.
A "velha cruz" é ofensiva porque ela exige a morte do pecador. Não há possibilidade de haver qualquer tipo de negociação. O homem que deseja ser salvo deve se render ao golpe da cruz. Ele precisa abrir mão de sua própria vida antes de obter a nova.
E a grande revelação desta mensagem está no fato de que Jesus Cristo não morreu isoladamente naquela cruz. O seu objetivo era o de atrair para Si toda a humanidade. Jo 12:32 fala desta verdade: "E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo." O verso seguinte mostra com clareza o momento em que se deu esta atração: "Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer."(vs.33). Fomos atraídos para morrermos em Cristo. Paulo fala a respeito da fidelidade desta verdade quando escreve em II Tm 2:11: "Fiel é esta palavra: se já morremos com Ele, também viveremos com Ele."
Quando o homem se assentar e calcular o custo de sua salvação irá verificar que a Bíblia exige apenas uma coisa: morte ao pecador. E a Boa Nova é que Deus já providenciou esta morte para o homem através do sacrifício de Cristo. Cabe a ele crer e se render a esta verdade. Quando o homem crê neste fato, isto significa que ele pode dizer com toda a segurança: ".... Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..... ."Gl 2:19-20. O velho homem já foi crucificado com Cristo e agora podemos gozar de uma nova vida juntamente com Ele, conforme está escrito em Ef 2:6: "E, juntamente com Ele, nos ressuscitou.... . "
A mensagem da cruz é a expressão do poder e a sabedoria de Deus. J.C. Ryle disse: "Esta é a única alavanca que até aqui tem revirado o mundo de cabeça para baixo, e tem feito os homens abandonarem os seus pecados. E, se isto não o fizer, nada o fará." O escândalo da cruz nunca cessou e jamais cessará. Com Amor em Cristo, Marcello Luiz

Nascer de novo do espírito


João 3:3 – “A isto respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo, que se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.”


Jesus vem aqui, nos mostrar sobre uma grande verdade da vida do homem: A necessidade de nascer de novo!! Mas queremos aqui hoje, nos concentrar no significado da Palavra “Nascer de Novo”...

Jesus aqui, coloca como condição sinequanon, para que o homem possa vislumbrar o Reino de Deus e gozar da sua presença: Você precisa Nascer de Novo... mas Nascer de novo, não significa trocar de religião... de católico para Batista, de umbandista para presbiteriano, de assembleiano para batista... e por aí... Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre novo nascimento.

O que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do espírito é espírito” – Jo 3:6

Nascer de novo, não significa entrar no ventre de uma mulher, nem de um processo psicológico ou químico qualquer... para você nascer de novo, você precisa nascer do Espírito de Deus... é Deus que dá ao homem o milagre do novo nascimento...

Se o novo nascimento não for um milagre, ele não é o novo nascimento... é alguma coisa parecida, mas não é novo nascimento... pois esse milagre, só pode ser operado pela pessoa do Senhor Deus... não é uma coisa voluntariosa por parte do homem... e sim da vontade de Deus.

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”

O texto é claro, o homem nasce de novo pelas mãos do próprio Deus....